Entrevista - Dave Ellefson do Megadeth

De volta ao Brasil para se apresentar no Metal Open Air em São Luís, no Maranhão, Dave Ellefson baixista do Megadeth, teve uma conversa rápida por telefone com o site de noticias G1, onde fala como esta sendo a expectativa em tocar mais uma vez no Brasil, dessa vez em um festival voltado somente ao publico headbanger brasileiro. Fala também sobre como foi o seu desentendimento ate sua 'reconciliação' com Mustaine e como foi voltar integrar a banda. Lógico que como sempre como sempre, o assunto religião não podia ficar de fora e dominou metade do bate papo.

A banda promete um show com todos seus hits, vão tocar algumas músicas de "TH1RT3EN"  álbum cuja o baixista Dave Ellefson considera um dos melhores trabalhos já lançados pelo grupo, mas pretende fazer um show longo, passando por todas as fases da banda, para agradar todo e qualquer tipo de fã. Confira a entrevista na integra a seguir.

G1 – O Megadeth está de volta ao Brasil após ter tocado aqui recentemente. Estão felizes por voltarem ao país?
Dave Ellefson –
 Sim. Estou bem ansioso, para dizer a verdade.
G1 – Dessa vez, vocês tocarão em um festival de metal, gênero que os brasileiros apreciam muito. Como acha que estará a atmosfera do evento?
Dave Ellefson –
 Acho que estará fantástica. Quero dizer, o Brasil tem sido meio que um pioneiro em fazer esses festivais gigantes e globais, muitos deles com vários gêneros musicais. Acho que é sensacional esse ser especificamente voltado para o metal. Desde a escalação até os fãs que estarão lá... Certamente estamos felizes em ir até o Brasil para tocar, especialmente em uma cidade e uma região que não nos apresentamos anteriormente.
G1 – O setlist do show será focado no disco novo?
Dave Ellefson –
 Tocaremos algumas novas, definitivamente. Acho que o fato de termos mais tempo pra tocar [a banda fecha a primeira noite] faz com que dê para mostrar mais coisas do disco novo. Mas acho que, a essa altura de nossa carreira, nossos fãs talvez tenham entrado no nosso mundo em momentos distintos da nossa música. Então, para nós é um luxo poder tocar músicas de tantas fases diferentes de uma trajetória que já tem quase 30 anos.
G1 – A banda ficou satisfeita com o show do SWU no ano passado? O que se lembra daquela ocasião?
Dave Ellefson –
 Foi fantástico. O Brasil tem feito um trabalho muito bom ao longo dos anos no que diz respeito à produção e divulgação, e realmente vem criando uma bela comunidade com as pessoas daí e com seus festivais, sabe? Agora ficamos sempre ansiosos. Sempre que o telefone toca e alguém chama a gente pra tocar no Brasil, tentamos fazer dar certo.
G1 – O disco “Th1rt3en” foi lançado em 2011. Estão felizes com esse trabalho?
Dave Ellefson – 
Sim, ficamos muito felizes. Acho que houve um progresso muito grande para nós, mas é como se esse disco tivesse sido composto na época do “Countdown to extinction”, de 1992. É engraçado, porque aquele álbum saiu após a turnê do “Rust in peace”. Nesse novo, nós criamos após a turnê de 20 anos do “Rust in peace”. Fizemos o “Th1rt3en” nesse meio tempo. Acho que, de alguma forma, é como voltar no tempo e ao mesmo tempo seguir em frente.
G1 – Você colocaria esse disco ao lado dos melhores trabalhos do Megadeth?
Dave Ellefson –
 Acho que sim, claro. Acredito que seja um disco amplo, com alguns riffs bons e pesados, tem também alguns elementos melódicos mais simples e ainda uma construção profunda das composições, como é possível ouvir em músicas como “Thirteen” e “Millenium of the blind”.

G1 – Você voltou ao Megadeth em 2010, você e o Dave Mustaine fizeram as pazes e hoje são cristãos renascidos... quer dizer, parece que é mesmo um novo momento para a banda. Como você enxerga os tempos atuais para o Megadeth?
Dave Ellefson –
 Eu concordo. Sabe, as bandas passam por transições e algumas não aguentam o tranco e acabam se desfazendo, o que sempre considero uma pena. Pois, quando você realmente vive a experiência de ter uma banda e faz isso quando é jovem, você é mais idealista, talvez tenha uma missão e uma visão, e essa visão pode ser colocada à prova, podendo se desfragmentar se você não se mantiver verdadeiro. Porque os estilos musicais mudam, a mídia muda, o gosto do público varia e se você se mantiver na ativa por tanto tempo, como é o caso do
Megadeth, passará por temporadas em que será abraçado pelo mainstream, passará por períodos em que sua base de fãs vai mudar, e eu acho que se você se mantiver realmente fiel em relação à música que gosta de tocar, os fãs também vão gostar. No fim das contas, é metal. Acho que o Megadeth provou que o metal não precisa ter apenas uma dimensão, que pode ser algo amplo e expansivo.
G1 – Você e o Dave Mustaine tiveram problemas no passado. Consegue se lembrar do momento no qual vocês voltaram a se falar e resolveram todas as pendências?
Dave Ellefson –
 Bem, verdade seja dita, Dave e eu nos falamos por várias vezes durante o tempo que estive longe do grupo. Em uma das ocasiões, nos encontramos por acidente em uma loja e, uma outra vez, ele estava na cidade e me ligou para jantarmos juntos. Posso dizer que nem eu e nem o Dave gostávamos de ter essa diferença entre nós. Essa foi uma das oportunidades que tive de comunicar isso a ele e acho que nós dois queríamos nos ver trabalhando juntos outra vez, então foi o passo que tomamos.
O grupo se desfez em 2002 e, naturalmente, todos seguiram adiante com suas vidas porque, naquela altura, estava tudo terminando, acabado. Em vez de ficar sentado sem esperança e achando que tudo voltaria a ser como era, eu segui em frente. Às vezes é difícil largar aquilo que sua vida se tornou e voltar para algo que, sinceramente, havia se desfeito. Então minha atitude em relação à volta para o Megadeth era algo como "talvez se rolar algo no futuro e for uma coisa em que todos nós façamos algo visando o fututo, estou totalmente de acordo". Mas voltar no tempo e tentar recriar algo do passado? Isso nunca funciona.
A volta foi algo que surgiu na nossa frente ironicamente na forma do aniversário de 20 anos do “Rust in peace”, e essa foi provavelmente uma das maiores celebrações de toda a nossa história. Poder fazer a reunião em torno disso foi como o final de uma história da Cinderela.
G1 – Quão importante é o cristianismo em sua vida e música?
Dave Ellefson – 
Acho que a maioria de nós da sociedade ocidental vem de alguma forma de criação cristã. Eu cresci em uma casa luterana. Esse é um estilo de religião que é muito natural aos descendentes de europeus. Já as crenças orientais se encaixam com aquelas pessoas, sabe? Os que vivem no Oriente Médio têm suas crenças também. Minha atitude é “viva e deixe viver”. Uma das piores coias que você pode fazer é desafiar as crenças das pessoas, porque é nisso que eles acreditam, é como elas são e o que as move, sabe? E Deus nos fez de um jeito único. Um único jeito não serve para todos na comunidade de Deus.
G1 – Você acredita que o fato de você e Dave serem cristãos pode ajudar a mudar a mentalidade de que “Deus não é legal” no universo do metal?
Dave Ellefson –
 Espero que sim. Em primeiro lugar, acho que nossa reconciliação e a volta do
Megadeth tem muito a ver com nossa crença cristã, com certeza. Esperamos que as pessoas vejam isso como um grande exemplo de dois homens deixando que o cristianismo faça parte de suas vidas. Acho que dá para conseguir muito mais pelo exemplo do que por ficar sentando falando o dia todo
Fonte: G1.com
Para maiores informações, você pode conferir tudo na integra e baixar a programação oficial do MOA direto do site do festival. 
  

2 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Belo post

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

TERMOS DE USO

 
RocK Download © 2010 | Designed by Trucks, in collaboration with MW3, templates para blogspot, and jogos para pc